sábado, 5 de junho de 2010

Imunodeficiência Combinada em Eqüinos

      O mercado eqüestre cada vez mais faz uso do desenvolvimento da citologia e da genética. Doenças graves como a Síndrome da Imunodeficiência Combinada (SCID) são causadas por alterações cromossômicas e, por isso, podem ser diagnosticadas com a análise do cariótipo. Essa prática, cada vez mais utilizada neste mercado, diminui as chances de se perder um investimento de alto valor. 

      Entre as alterações cromossômicas não desejáveis algumas causam a Síndrome da Imunodeficiência Combinada (SCID). É uma imunodeficiência primária e autossômica recessiva identificada em cavalos árabes. Causa ausência combinada das funções dos linfócitos B e T. Potros que apresentam esses genes morrem antes dos cinco meses de idade. Devido a seu sistema imune deficiente ocorre infecção generalizada causada por patógenos comuns, seu sistema imune está tão debilitado que até mesmo vacinas podem levá-lo a morte.

      Pelo modelo mendeliano se dois animais portadores desse gene autossômico recessivo procriarem, a cria tem 50% de chance de ser portadora desse gene e não manifestar a SCID, 25% de chance de ser afetada pela síndrome e 25% de chance de não portar os genes da SCID. Por isso, o mercado equestre cada vez mais faz uso da citogenética para diagnósticos com a análise do cariótipo.

      Essa prática, cada vez mais comum neste mercado, agrega valor ao animal, diminui as chances de um potro nascer com genes indesejados e impede fraudes na determinação do pedigree e da paternidade. A equinocultura movimenta milhares de reais por ano. Seus animais com alto valor comercial apresentam genética superior com fenótipo e desempenho de alto padrão.

      O uso da citogenética junto a marcadores fluorescentes, hibridização in situ e alguns procedimentos usados na biologia molecular, como a reação da polimerase em cadeia (PCR) possibilitou o conhecimento do genoma equino. Tornou-se possível a identificação de animais com genes desejáveis e não desejáveis.

      Alterações cromossômicas são comuns na equinocultura devido ao alto número de acasalamentos consanguíneos. O avanço do projeto genoma forneceu grande avanço genético para a equinocultura, isso continuará resultando em novas ferramentas para um continuo desenvolvimento da equinocultura mundial.

      Algumas doenças, como a SCID, podem ser determinadas através de exames do cariótipo. Ela é letal e ainda não se encontrou cura em equinos. Com o desenvolvimento da citogenética e com o auxilio de outras práticas da biologia molecular esse exame se tornou possível e acessível. Com o contínuo desenvolvimento das técnicas moleculares que determinam as práticas veterinárias esse gene será eliminado devido às análises do DNA dos reprodutores ou encontrarão a cura para essa doença.



1 comentários:

Diana disse...

Olá, sou estudante de Medicina Veterinária também e durante a aula de imunopatologia foi proposto um trabalho sobre a imunodeficiência chamada: síndrome da má-absorção do colostro em potros recém nascidos. Entretanto não encontro nada a respeito no google ou scielo. Esta doença existe?